MIRÓ tem 49 anos. Lançou o seu 1º livro em 1985. Depois disso, perdeu a vontade de pegar ônibus todos os dias. Largou seu emprego na SUDENE e “nunca mais trabalhou para ninguém”.
A Poesia virou o seu salário. Seu fundo de garantia.
Garante que conhece quase o Brasil todo.
Gosta de São Paulo. Não conhece São Bento do Una.
Mesmo nascendo em Recife, a ponte para a sua vida foi Petrolina.
Não entendeu nada quando chegou na Rodoviária Tietê. Nenhuma coisa aconteceu quando cruzou a Ipiranga com a São João. Seu coração alegrista está mais para Leminski.
“Distraídos venceremos”.
Iremos na maré do riso.
Minha mãe disse:
Fuja de gente que não ri.
É o que venho fazendo nas minhas crônicas.
Um chega pra lá para quem tem cara amarrada.
Desamarre-se
E seja bem vindo.
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